A Nota Informativa nº 35/2024 trouxe atualizações a respeito da Febre Amarela em vários Estados e Municípios. Para quem não conhece a febre amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos, que pode causar surtos graves em humanos e primatas não humanos (PNH). Essa enfermidade, que já foi controlada em muitos locais, tem reemergido em regiões de risco no Brasil. Entre essas, o Rio Grande do Sul (RS) destaca-se como uma área prioritária para ações de vigilância e imunização devido à alta favorabilidade para a circulação do vírus. Este artigo baseado na nota trás alguns dados recentes e estratégias de prevenção e controle sugeridas pelo Ministério da Saúde.
Cenário Epidemiológico Atual
Histórico da Febre Amarela no Brasil
Desde 2014, o Brasil tem enfrentado uma reemergência do vírus da febre amarela. Inicialmente concentrada na região amazônica, a doença expandiu-se para áreas extra-amazônicas, incluindo as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Entre 2014 e 2023, foram registrados 2.304 casos humanos, resultando em 790 óbitos, uma letalidade de 34,3%.
Dados Recentes de Transmissão no Rio Grande do Sul
Durante o período de monitoramento 2023/2024, casos de febre amarela em primatas não humanos foram confirmados em municípios do RS, incluindo São Borja, Santo Antônio das Missões, Riozinho, Três Coroas e Porto Alegre. Além disso, análises de modelos combinados de favorabilidade apontaram Ivoti, Maratá, Ametista do Sul, Dois Irmãos, Estância Velha, Pouso Novo e Progresso como áreas de altíssimo risco, com índice de favorabilidade de 0,98.
Fatores de Risco e Predição de Áreas Críticas
O Ministério da Saúde utiliza modelagem preditiva para identificar áreas de maior risco, com base em dados ambientais, geográficos e biológicos. Esses modelos ajudam a definir corredores ecológicos e a prever a dispersão do vírus. Elementos como mudanças climáticas, fragmentação florestal e altitudes elevadas influenciam diretamente a circulação do vírus e a densidade de populações de PNH. No RS, esses fatores, combinados, aumentam a vulnerabilidade de determinadas áreas.
Ações Prioritárias de Vigilância e Controle
A vigilância ativa é essencial em áreas de risco elevado, como os municípios identificados no RS. Ferramentas como o Sistema de Informação em Saúde Silvestre (SISS-Geo) têm sido empregadas para monitorar eventos em tempo real. Ampliar as coberturas vacinais é fundamental, especialmente em bolsões de populações não vacinadas. Esforços especiais devem ser direcionados a comunidades rurais, trabalhadores expostos e viajantes.
Impactos e Benefícios das Ações Preventivas
A implementação eficaz dessas estratégias reduz a ocorrência de surtos, minimiza óbitos e fortalece a capacidade do sistema de saúde para lidar com emergências. Além disso, uma vigilância integrada contribui para a detecção precoce de novas transmissões.
Recomendo fortemente ler a nota na íntegra disponível no link abaixo no site do Ministério da Saúde.
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